sexta-feira, 29 de março de 2013

ORIGENS DA FAMÍLIA d’EÇA NO MARANHÃO

Brasão da Família d'Eça

A SAGA DA FAMÍLIA d'EÇA

by Rev. João d’Eça

Introdução:

A origem da família “d’Eça” no Maranhão data do período colonial e da participação ativa nas origens da cidade de São Luís, capital do Estado. O primeiro dos “d’Eça” a ser mencionado na história foi Manuel de Sousa de Eça, aliás, o sobrenome “d’Eça” é escrito como está grafado com “d” minúsculo e “E” maiúsculo, pelo simples fato de que a regra gramatical exige que seja assim. Portanto é um erro quando alguém que não conhece a regra gramatical e suas exceções acha que nome próprio deve ser escrito com maiúscula em toda situação. Ocorre que “d’Eça” é uma contração de “de Eça”, assim como “de Água”, que quando contraído fica “d’Água”, usando-se o apóstrofo, como “de Eça”, fica “d’Eça”, com o apóstrofo.


MANUEL DE SOUSA d’EÇA

Manuel de Sousa d’Eça era fidalgo português um dos maiores heróis da colonização do norte brasileiro era filho de Luís Álvares de Espina, de Ilhéus, e foi possivelmente quem ocupou o maior número de cargos diferentes de Provedor da Fazenda Real. Assim, foi provedor da Bahia, antes de 1612, de Pernambuco, de 1612 a 1614, da Paraíba em 1613, "do rio Amazonas" em 1616 e do Maranhão e Pará em 1617.

Era militar dos mais valentes e participou de 1614 a 1617 das lutas contra os franceses no Maranhão; não quis assinar a paz com eles e na viagem de volta a Pernambuco seu “caravelão” foi arrastado para as Índias de Castela (Antilhas); dali passou a Portugal, onde comandou um “patacho” na esquadra de D. Jerônimo de Almeida, ocasião em que pelejou com dois navios turcos. Intrigas políticas fizeram com que ficasse preso 4 anos em Portugal, mas acabou sendo nomeado capitão-mor do Grão-Pará, cargo do qual tomou posse em 6 de Outubro de 1626, sucedendo a Bento Maciel Parente. Em 1625 havia, em companhia de Jácome Raimundo de Noronha, comandado um dos navios da expedição enviada de São Luís para fundar a capitania do Ceará. Em 1624 havia participado das lutas para a libertação da Bahia. Acabou morrendo no cárcere, depois de ter se desentendido com Feliciano Coelho de Albuquerque.


PERSONAGENS DESTACADOS NA HISTÓRIA

Bernardo Pereira de Berredo que foi Governador da Província do Maranhão de 1726 a 1729 e escreveu os “Anais históricos do Estado do Maranhão”, descreve Manuel de Sousa d’Eça no seu livro como sendo um Capitão e que era natural de uma das Ilhas dos Açores, precisamente a ilha de Ilhéus, de onde eram os seus familiares. Manuel d’Eça era o chefe do presídio de Nossa Senhora do Rosário que passava por inúmeros apertos por falta de comida “havia três meses [...] se sustentavam só de ervas.”[1]

Na iminência de perder o Norte do Brasil para os franceses, os portugueses se organizaram para a retomada do espaço ocupado pelos franceses desde que fundaram a cidade de São Luís, à 8 de setembro de 1612. Berredo nos conta que o governador Gaspar de Sousa, depois que foi informado da situação dos franceses, preparou uma ofensiva para recuperar o tempo perdido. Diz berredo:

Mas conhecendo bem, que os muitos aprestos, que ainda lhe faltavam, naturalmente não cabiam na apertura do tempo, e que se achava reduzida a necessidade da guarnição do forte, quando era igual,  a que também sentia nas munições de guerra; acudiu ambas com o pronto socorro de um caravelão, guarnecido de trezentos soldados à ordem do Capitão Manuel de Sousa de Eça, natural de uma das ilhas dos Açores. E provedor dos defuntos, e ausentes da Capitania de Pernambuco, donde saiu em 28 de maio.

Manuel d’Eça chegou em São Luís depois de doze dias de viagem e depois que desembarcou, levou consigo apenas 18 homens com os quais enfrentou os franceses comandados pelo sr. De Prat, impondo-lhe uma derrota, por causa da irregularidade do terreno com o qual os franceses estavam desacostumados, salvando a vida dos de sua embarcação, já que os franceses eram em maior número.

Manuel d’Eça se distinguiu na batalha de Guaxemduba o que causou para si o infortúnio de ser motivo de inveja do sobrinho de Jerônimo de Albuquerque, que era comandante do presídio, porque Manuel d’Eça tomou a vanguarda e foi o responsável pela vitória. Mário Meireles destaca a participação de Manuel d’Eça, dizendo: “...porém a maior parte destes de reserva, sob o comando do capitão Gregório Fragoso; e, secundado pelo capitão Manuel de Sousa d’Eça.”[2]


JOSÉ DA CUNHA d’EÇA

O outro personagem dessa história que visa resgatar a origem do nome dos “d’Eça” no Maranhão é o de José da Cunha d’Eça, foi o fundador da cidade Arari-MA e Vitória do Mearim em 1723. Fidalgo da Casa Real e capitão-mor que foi da Capitania do Maranhão.

Há um verbete desse personagem no Dicionário Histórico-Geográfico da Provincia do Maranhão (1870). Era um homem afortunado, rico e cheio de posses, que usava os seus recursos para angariar simpatias.

A origem nobre de José da Cunha d’Eça é comprovada por ser ele uma das famílias mais tradicionais de Portugal, mas também pela comunicação do rei de Portugal que confirmou as ordens ao fidalgo, comunicando ao Provedor-Mor da Fazendo no Maranhão e o mandou admitir ao seu real padroado a igreja que ele construiu no Mearim.

ORIGENS

“A família d’Eça do Maranhão provém de D. Pedro I, de Portugal, e de D. Inês de Castro, por seu filho D. João, senhor de muitas terras e detentor, portanto, de suas respectivas jurisdições e rendas todas concedidas por mercê de seu pai, por carta de 1360, para ele e seus descendentes.”[3]

De sua primeira esposa, D. Maria Teles de Meneses, D. João teve um filho apenas, D. Fernando, que saiu do reino com ele e viveu por muito tempo em Galiza, onde teve o senhorio da Vila Eça, da qual se originou o sobrenome da família. D. Fernando, sem enviuvar, foi casado com várias mulheres, com as quais teve 42 filhos. Esse era o controvertido padre José da Cunha d’Eça, fundador do povoado que originou Vitória do Mearim e Arari.

O PADRE JOSÉ DA CUNHA D’EÇA

Era padre, mas como era na época, a sua ordenação foi comprada e não seria o caso de vocação. Assim como muitos papas ao longo da história o foram em troca de benesses para a igreja. Para abraçar o sacerdócio, José da Cunha d’Eça apelou para o bispo D. Frei José Delgate, que lhe ordenou, não há registro de que essa ordenação tenha sido feita em São Luís ou em Belém, já que ambos moraram nas duas cidades, conforme diz Berredo nos Anais.

ORIGEM FAMILIARES EM ROSÁRIO

A origem dos meus familiares está na cidade de Rosário, onde o meu bisavô, Sérvulo d’Eça e seus dois irmãos, Honorato d’Eça e Iria d’Eça, construíram uma numerosa família com várias ramificações. Do meu bisavô eu descendo de meu avô Caetano d’Eça que casou-se com Filomena, do qual nasceram vários filhos, dentre eles meu pai, Oeldinantes d’Eça. A minha avô após separar-se do meu avô Caetano, casou-se com o primo de meu avô, filho de Iria d’Eça, o qual era conhecido como Zeca de Iria (ou Zeca, filho de Iria). Desse ramo muitos outros filhos nasceram, irmãos de meu pai por parte de mãe, mas que são parentes consanguíneos, vindo da mesma raiz.

Essa é a origem da família “d’Eça”. Se você é um “d’Eça” vindo dessa linhagem, você é privilegiado, pois a história da sua família é uma Saga. Infelizmente temos encontrado falsos “d’Eça”, mas se querem ter o privilégio de carregar o nome, que façam assim, só que a história irá contar a verdade.

Estou escrevendo uma obra que conta a história dessa família. Se você tem informações, fotos, subsídios, histórias pra contar, entre em contato comigo e eu terei o maior prazer em ir até você e conhecer o que você tem para contar a “Saga da Família d’Eça”.

Se você tiver documentos e fotos, eu estou montando um arquivo da família para que a história seja preservada e as gerações futuras possam conhecer sobre o nosso passado e as nossas origens.

Estou esperando o seu contato. Fale comigo:

Rev. João d’Eça
Tel. (98) 3243-2694
(98) 8807-6712 (Oi) e (98) 8256-5247 (Tim).



Bibliografia:

BERREDO, Bernardo Pereira de. Anais Históricos do Estado do Maranhão.

CANTANHEDE, Washington. Vitória do Mearim, dos primórdios à Emancipação.

CALMON, Pedro. História do Brasil, v.1.

CALMON, Pedro. Introdução e Notas ao Catálogo Genealógico de Frei Jaboatão.

MEIRELES, Mário. História do Maranhão.

MORAES, Melo. Chronica Geral.

SALVADOR, Frei Vicente do. História do Brasil.

VARNHAGEN, História Geral do Brasil.


[1] BERREDO, Bernardo Pereira. Anais históricos do Estado do Maranhão. Rio de Janeiro: Tipo editor, 1988, p. 66, 67
[2] MEIRELES, Mário. História do Maranhão. Imperatriz: Ética, 2008, p. 54
[3] CANTANHEDE, Washington. Vitória do Mearim, dos primórdios à emancipação. São Luís: Lithograf, 1998, p. 84, 85

POR QUE A CRENÇA NA RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO É FUNDAMENTAL PARA A FÉ CRISTÃ?


By Rev. João d’Eça


A ressurreição de Jesus é importante por várias razões:

1 - A ressurreição testemunha o imenso poder de Deus.

Crer na ressurreição é crer no Deus que fez a ressurreição acontecer.
A Escritura Sagrada é a auto-revelação de Deus. A Escritura Sagrada mostra o poder de Deus em criar o universo e ressuscitar os mortos. Se Deus não tem esse poder, Ele não é digno de nossa fé e de nossa adoração. Somente Ele que criou a vida pode ressuscitá-la depois da morte, só Ele pode reverter o horror que é a própria morte, e só Ele pode remover o ferrão que é a morte. (I Cor. 15: 54-55).

Quando Jesus ressuscitou dos mortos, Deus nos faz lembrar a Sua soberania absoluta sobre a vida e  sobre a morte.

2 - A ressurreição de Jesus é um testemunho da ressurreição dos fiéis, dos crentes, dos que amam a Deus acima de tudo.

Essa crença é um princípio básico da fé cristã. Ao contrário de todas as outras religiões, somente o cristianismo possui um fundador que transcende a morte e promete o mesmo aos seus seguidores. Somente o cristianismo alega um tumulo vazio. O corpo de Maomé está sepultado em Meca, o corpo de Buda está sepultado. Abraão está sepultado. Todas as religiões que foram fundadas por homens e profetas onde o seu fim foi a sepultura.

Os crentes tem o conforto no fato de que Deus se fez homem, morreu por nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia. O túmulo não pôde segurá-Lo. Ele vive, e está hoje à mão direita de Deus Pai no céu. Em 1 Coríntios 15, Paulo explica em detalhes a importância da ressurreição de Cristo. Alguns em Corinto não acreditavam na ressurreição dos mortos, e neste capítulo Paulo dá seis conseqüências desastrosas caso não houvesse ressurreição:

- 1) A pregação de Cristo não teria sentido (v. 14),
- 2) A fé em Cristo seria inútil ( v. 14);
- 3) Todas as testemunhas oculares e pregadores da ressurreição seriam mentirosos (v. 15),
- 4) Ninguém poderia ser redimido do pecado (v. 17);
- 5) Todos os que morreram antes de nós, pereceram para sempre (v. 18), e
- 6) Os cristãos seriam as pessoas mais infelizes sobre a terra (v. 19).

A RESSURREIÇÃO É UM FATO INCONTESTÁVEL

Jesus Cristo ressuscitou dos mortos e "tornou-se as primícias dos que dormem [estão mortos]" (v. 20), assegurando-nos que vamos segui-Lo na ressurreição. A Sagrada Escritura, a palavra inspirada de Deus garante ressurreição do crente na vinda de Jesus Cristo. Essa viva esperança nos consola e é a garantia do triunfo daqueles que depositam a sua fé no Senhor e na sua Palavra, que como Paulo cantarão a canção de triunfo: "Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? (I Cor. 15:55).

A importância da ressurreição para nós está em que sabemos, como diz Paulo, que o nosso trabalho não é vão no Senhor (v, 58). Nós sabemos que seremos ressuscitados com Cristo para uma nova vida, portanto, podemos sofrer e aguentar as perseguições e perigos por causa de Cristo (vv. 29-31), assim como ele fez por nós.

Podemos seguir o exemplo dos milhares de mártires ao longo da história que de bom grado trocaram suas vidas terrenas pela vida eterna através da ressurreição. A ressurreição é a vitória triunfante e gloriosa para cada crente. Jesus Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E, Ele está voltando! Os mortos em Cristo serão ressuscitados, e aqueles que estiverem vivos na sua vinda, receberão novos corpos glorificados (I Tess. 4: 13-18).

A RESSURREIÇÃO E A SALVAÇÃO

Por que a ressurreição de Jesus Cristo é importante para a salvação?

Porque é a demonstração de que Deus aceitou o sacrifício de Jesus em nosso favor. É a prova de que Deus tem o poder de nos levantar dos mortos. Ele garante que aqueles que crêem em Cristo não permanecerão mortos, mas serão ressuscitados para a vida eterna.

Essa é a a esperança de todo crente e essa esperança nos consola e nos livra do desespero.

quinta-feira, 14 de março de 2013

DE PEDRO A FRANCISCO, A EDIFICAÇÃO DA IGREJA em "Petros" ou em "Petra"?

Texto: Mateus 16: 18-19


Para a Igreja Católica Romana, Pedro foi o primeiro papa, o sucessor de Cristo. Ele seria também vigário de Cristo e cabeça visível e infalível da Igreja, com poder e autoridade sobre toda a Igreja. Os católicos também afirmam que Cristo edificou a sua Igreja sobre Pedro e depois deu-lhe as chaves do céu e inferno. Afirmam ainda que os papas ao longo da história até o presente, são os sucessores de Pedro.

Estas alegações são baseadas em Mateus 16:18-19. Vamos fazer um exame cuidadoso e crítico destes versículos e ver o que Jesus disse e o que ele realmente quis dizer. O texto é o seguinte:

"Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela, e eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares. na terra será ligado nos céus, e tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus".

O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego, a partir do qual as outras versões em latim, alemão, inglês, e outras foram traduzidas. Os que conhecem o texto em grego sabem que a palavra PETROS (Pedro) e a palavra PETRA (rocha) sobre a qual Cristo edificaria a sua igreja são duas palavras separadas e distintas, cada uma com um significado diferente. 

A palavra PETROS (Pedro) é grega e significa "um pedaço de rocha, uma pedrinha, um seixo”. A palavra PETRA (rocha)  significa "uma pedra, uma rocha, um penhasco, uma projeção de rocha, uma enorme massa, fixa, imóvel, duradoura".

A palavra “petros”, Pedro, no grego está no gênero masculino e a palavra “petra”, Rocha está no gênero feminino. “Petros” e “petra” são duas palavras distintas no Grego. “Petros” é uma pedra mudando, rolando, ou insegura, enquanto “petra” é uma rocha sólida, imóvel. No grego, como em muitas das línguas modernas, cada substantivo e artigo correspondente está ou no gênero masculino, feminino ou neutro.

Análise Gramatical

O artigo em grego é muito importante. Se um substantivo está no masculino o artigo deve também estar no masculino, e se estiver no feminino deve ter um artigo feminino. No texto em apreço em grego, “petros” está no masculino, e “petra” está no feminino, provando que são duas palavras distintas, e cada uma tem um significado diferente. 

A questão é, em qual dos dois, em “petros” ou em “petra” foi que Cristo estabeleceu a Sua igreja? Foi em “petros” uma pedra móvel, uma pedrinha, um seixo, ou em “Petra”, uma rocha inabalável?

Vejamos novamente o texto: "Também te digo [a Pedro], que tu és Pedro [petros, o sexo masculino], e sobre esta pedra [petra gênero, feminino] edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16:18). O texto indica claramente que a igreja de Cristo é construída sobre “Petra” e não sobre “Petros”.

Quem é “PETRA”?
Agora, quem é esta “petra” ou rocha sobre a qual Cristo edificou a sua igreja?

Devemos deixar que a Bíblia dê a resposta. Leiamos o texto de I Corintios 10:4: "E beberam da mesma fonte espiritual; porque bebiam de uma pedra espiritual que os seguia. E a pedra [petra, no Grego] era Cristo".

Aqui temos uma prova de que “Petra” se refere a Cristo, e não a Pedro, que seria “Petros”. Um outro versículo diz: "sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular". Novamente [Petra em grego]. (Efésios 2:20).

Se Pedro é a rocha sobre a qual Cristo construiu a sua igreja, Pedro não poderia ser superado e as portas do inferno não poderiam prevalecer contra ele. Mas o fato é que ele foi superado, e as portas do inferno prevaleceram contra ele, e isto, logo em seguida a esse episódio com Cristo.

Se Pedro fosse a “PETRA” [Pedra] na qual seria construída a igreja e as “portas do inferno não prevaleceriam contra ele”, ele não poderia logo depois dessa declaração de Jesus, ser chamado pelo próprio Jesus de Satanás (v, 23), e não teria negado a Jesus por três vezes.

Quem então é a PETRA?
O próprio Pedro dá a resposta, indicando quem é a “PETRA” [Rocha]. Ao ser indagado pelo Senhor Jesus Cristo sobre “Quem diz o povo ser o Filho do homem?” (v, 13). Diante das respostas dos discípulos, Jesus pergunta: “Mas vós,..... quem dizeis que eu sou?” Pedro responde: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mateus 16:16). Em outra oportunidade, em Atos dos Apóstolos, Pedro diz: "Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular (Atos 4:10-11), ou seja, a PETRA é a declaração de Pedro em sua resposta a pergunta de Jesus, ele diz: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” É sobre Jesus Cristo, tema da afirmação declarativa de Pedro, como o Filho de Deus, foi que o Senhor construiu a Sua Igreja, e não sobre Pedro.

Paulo também diz que a “PETRA” é Cristo. Ele diz: "Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (1 Coríntios 3:11). Pedro nunca foi designado por “Petra”, assim, Pedro e Paulo concordam que Cristo é a PETRA [rocha]. Porém os católicos, a sua liderança, e o papa reivindicam o título de “PETRA” para si mesmo. Qual testemunho devemos aceitar? O da Sagrada Escritura ou o das tradições humanas? “... Seja Deus verdadeiro, e mentiroso, todo homem” (Romanos 3:4).

Mesmo 700 anos antes de Jesus nascer, ele já havia sido designado PETRA, ou Rocha. Isaías declara: "Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada; aquele que crer não foge." (Isaías 28:16). O próprio Pedro aplica esta profecia a Cristo. Ele escreveu: "Por isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer,  não será, de modo algum, envergonhado" (1 Pedro 2:6). Davi disse: "Leva-me para a rocha que é alta demais para mim" (Salmo 61:2).

Quais consequências de a Igreja ser construída sobre Pedro?
Se a igreja foi construída sobre Pedro, então, Pedro seria o “cabeça” da igreja. No entanto, Pedro não é o cabeça da igreja. Nenhum dos discípulos ou dos apóstolos jamais chamaram Pedro de “papa”, de “papai Pedro”, de “santo Padre”. Jesus lhes ensinando sobre isso disse:

"Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso mestre, e vos todos sois irmãos. A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus. Rabi. Porque um só é o vosso Mestre, o Cristo, e todos vós sois irmãos E a ninguém o seu pai sobre a terra, porque um só é o vosso Pai, que está nos céus. Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso Guia, o Cristo. Mas o maior dentre vós será vosso servo. Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.” "(Mateus 23:8-11).

Se Jesus houvesse delegado a Pedro como o “cabeça” da igreja, por que os outros discípulos discutiriam entre si a respeito de quem seria o maior (Lucas 9:46)? Se essa decisão já havia sido feita por Cristo, por que os outros se preocupariam com isso? Se fosse assim, os outros discípulos teriam se submetido ao desejo de seu Mestre. 

Conclusão:
Assim, fica claro e evidente que tal nomeação não foi feita por Jesus. Nem Pedro, nem qualquer de seus sucessores foram chefes da igreja verdadeira. Paulo explica isso quando diz: "Quero, entretanto, que saibais ser Cristo o cabeça de todo homem." (1 Coríntios 11:3). Em outro lugar Paulo diz: “E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as cousas, o deu à Igreja.” (Efésios 1:22). Isto explica que Jesus é “o cabeça” de cada pessoa e também da igreja. 

Não há uma simples palavra de evidência na Bíblia, que Pedro tenha sido um “papa”. Será que alguém escreveria a história de Getúlio Vargas, Fernando Henrique ou Lula e não mencionaria o título deles de presidente da República Federativa do Brasil? Você pode imaginar tamanho descuido? Se a Pedro tinha sido dado algum título, como "papa", certamente que pelo menos um escritor inspirado teria mencionado isso.  O próprio Pedro que escreveu duas epístolas, não menciona em uma única palavra esse título de “papa” ou “pai da Igreja”.

Uma boa oportunidade para Pedro mencionar isso, foi no Pentecostes, quando ele proferiu o seu sermão (Atos 2), mas ele não o fez. A igreja dos dias dos apóstolos não reconheceu Pedro como papa ou como “cabeça da igreja”.

terça-feira, 12 de março de 2013

DEMOCRACIA E PROTESTO

Este fim de semana que passou, 10 de março, um grupo de militantes gays e afins (foto), foram para a porta de uma das igrejas ligadas ao ministério do pastor Marcos Feliciano, no interior de São Paulo, para fazer baderna e impedir que o culto se realizasse.

Não somos à favor do estilo, da prática e da doutrina do referido pastor, e também temos restrições ao seu mandato na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, pelo simples fato de que ele não tem histórico de defesa dos direitos humanos, mas é só por isso.

Acho que temos melhores nomes, não entre os defensores do "gaysismo" ou do "abortismo", apesar de que entendo que pra defender a vida humana, Marcos Feliciano é melhor do que qualquer indicado pelo PTralhas ou pelos partidos "esquerdóides" que o apoiam, e também melhor do que qualquer desses defensores do "gaysismo" seguidores de Jean Willis.

Não podemos ser à favor de que somente os "gaysistas" ou os abortistas presidam uma Comissão tão importante quanto a CDH, estamos numa democracia e esse sistema tem como fundamento a alternância de poder.

Fazer o que os "gaysistas" fizeram esse final de semana passado, é merecedor de nosso repúdio, pois se a graça pega, os "gaysistas" irão bagunçar os cultos das igrejas país afora e os politicamente corretos, abobalhados e covardes, ficaram de bico calado.

Vamos nos mobilizar e garantir que o direito de se ter um presidente da CDH que pense diferente do sistema de apoio "gaysista" e vamos esperar pra ver a atuação de Marcos Feliciano à frente da Comissão, se o seu trabalho não for justo, criticaremos.

segunda-feira, 11 de março de 2013

ORDENAÇÃO FEMININA – CONSIDERAÇÕES FORTÚITAS



Nos últimos tempos tem-se discutido sobre se devemos ou não ordenar mulheres como pastoras e presbíteras, principalmente nas igrejas de linha reformada ou consideradas como igrejas tradicionais no Brasil.

Essa discussão de vez em quando reaparece nos concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil, onde uns defendem de forma apaixonada a ordenação de mulheres como presbíteras e ministras do evangelho, outros são veementemente contra e cada grupo expõe os seus argumentos tentando validar as suas opiniões. A discussão se dá pelo fato de que talvez a totalidade das igrejas neo-pentecostais e grande parte das pentecostais e outros grupos, já ordenam mulheres como pastoras, Brasil afora.

Somos contra a ordenação de mulheres ao ministério como presbíteras ou ministras do evangelho, principalmente porque não há respaldo na Escritura. Cremos que o ensino apostólico sobre liderança masculina na igreja e na família é claro, os textos em sequência o provam (1 Coríntios 11-14; Efésios 5; 1 Timóteo 2 e 1 Pedro 3). O princípio claro nesses textos, é que a liderança na igreja é para ser exercido por homens. Isto não tem nada que ver com questões culturais, mas é uma ordenança do criador (1 Tim 2:13), e está enraizada na natureza de Deus (1Co 11:3). 

Esses debates ganharam uma conotação maior, no calor das discussões sobre as questões de gênero que começaram a surgir nos últimos 20 anos, o que estimulou uma análise muito mais cuidadosa dos textos em questão e serviu para corroborar o acerto técnico das traduções bíblicas à disposição no país.

Os textos bíblicos que tratam do assunto não podem ser usados para aprisionar a narrativa à cultura da época, se assim fosse, estaríamos negando a autoridade das Escrituras. O que está dito no N.T. e que foi dito em um contexto particular é também a palavra de Deus para nós. Paulo não era prisioneiro da sua cultura e não tinha medo de desafiá-la: “Isto, portanto, digo e no Senhor testifico que não mais andeis como também andam os gentios, na vaidade dos seus próprios pensamentos(Ef. 4:17).

Não tenho nenhuma dúvida de que a reflexão histórica fundamentada nos princípios cristãos ao longo dos séculos foi correta, e que a atual pressão para derrubar os valores e os princípios bíblicos nesse sentido, não são fundamentadas em razões bíblicas mas porque as muitas igrejas estão acovardadas diante da pressão da sociedade, inclusive a Igreja de Roma, que tem sido pressionada quanto ao ministério feminino no primeiro escalão.

Não somos contra as mulheres e muito menos reivindicamos uma superioridade masculina, afirmamos que somos "todos um em Cristo Jesus", apesar de que temos cada um, papéis diferentes. Na Bíblia os papéis são separados, na Bíblia a liderança no lar e na Igreja é um papel preponderantemente masculino, na Bíblia, homem e mulher são iguais em dignidade, mas separados em funções. Se cremos que a Bíblia é a imutável Palavra de Deus, não temos autoridade para mudar isso, não temos autoridade para estabelecermos novas revelações. Ninguém tem!

A Escritura Sagrada é nossa regra de fé e também de prática, todos dizemos isso, e ensinamos isso em nossas igrejas e esse ensino que os papeis de gênero são "complementares" no casamento, na vida familiar e na igreja. Esse entendimento é, a nosso ver, vital para o nosso testemunho de uma compreensão cristã da vida familiar. 

Nossas igrejas são constituídas de muitos membros – homens e mulheres - que estão satisfeitos com este ensino, e que é ainda mais importante em um mundo que está em confusão quanto aos papéis de gênero e sexualidade em geral. Nesse contexto a supervisão e o pastoreio feito por uma mulher é difícil de explicar, apesar de que há méritos em outros aspectos. 

Essa é a nossa visão da Sagrada Escritura, e é por isso que nos preocupamos, como ministros da Palavra. Diante da situação atual, onde os governos estão propondo leis de inclusão de minorias em todos os ramos da sociedade, talvez sejamos convidados a votar em nossos concílios nessas propostas que ameaçam nossos ministérios.

Tememos ser discriminados em nosso próprio meio, assim como já somos em outras questões menos polêmicas. O que vamos dizer aos futuros ordenandos? Que garantias vamos lhes dar de que estarão seguros se mantiverem suas convicções bíblicas sem alterações? A questão que então se coloca é como encorajar os vocacionados a desenvolver seus ministérios, se eles não podem fazê-lo dentro das estruturas formais da Igreja confessional?

Todos os dias somos bombardeados com perguntas das nossas congregações sobre o assunto das questões de gênero que palpitam na mídia e nas instituições do país. Temos de dar respostas adequadas e bíblicas. Temos também de pastorear aqueles que querem ser pastoreados de acordo com o modelo atual e enfrentar a oposição dos que pensam andar por outro caminho.

A questão de um ministério feminino não é uma questão sociológica ou política, mas é uma questão bíblica. Ou obedecemos os preceitos divinos expresso em sua palavra, ou nos rebelamos contra Deus e sua palavra para criar o nosso próprio caminho, fora dos padrões do Senhor.

terça-feira, 5 de março de 2013

A DÍVIDA DE TODOS NÓS


A Eternidade irá revelar a dívida que a Igreja de Cristo tem para com aqueles homens e mulheres que, vendo a baixa condição espiritual de muitos crentes afastaram-se do evangelho.

Em meados do Brasil oitocentista, quando a Igreja Presbiteriana iniciou o seu trabalho no Brasil com A.G. Simonton, um raio de luz começou a brilhar mais forte na nação tupiniquin. Muitos outros homens piedosos que vieram depois e que gastaram as suas vidas pelo amor do evangelho, um rosto de piedade nasceu sobre a nação inteira.

Muitos desses homens lutaram para colocar a Bíblia nas mãos do povo e viajaram pelo interior do Brasil, acompanhados de colportores destemidos, distribuindo literatura e vendendo Bíblias para que o povo conhecesse a verdade, em uma época em que havia muita ignorância acerca da verdade de Deus.

Homens como A. L. Blackford, Belmiro Cesar, John Smith, George Butler, que de Norte a Sul viajaram para plantar a semente do Evangelho, o que mais tarde resultou no estabelecimento da Igreja Presbiteriana em solo brasileiro. Como disse William Tyndale:

Eu tenho percebido por experiência própria, que é impossível estabelecer no coração de pessoas comuns, qualquer que seja a verdade, a não ser que as Escrituras sejam estabelecida claramente diante deles em sua própria língua materna.

Foi o mesmo princípio dos reformadores do século XVI. Lutero foi o primeiro a dar a Bíblia na língua do povo alemão. A distribuição da Bíblia no Brasil é responsável pelo avanço dos princípios do evangelho no país e isso é motivo de agradecimento a Deus por nossa salvação eterna, Deus pela sua bondade, deu ao Brasil, no momento certo, a Bíblia aberta, e estabeleceu os seus fundamentos no coração do povo até hoje.

Apesar de que os “cães de caça” do bispado brasileiro, tentou de todas as formas impedir que o verdade chegasse ao povo humilde do interior do Brasil, onde a sua influência era maior. Usaram até gente simples do povo para cometer apedrejamentos, perseguições e até mesmo assassinatos. Porém nada disso impediu o avanço e o crescimento da mensagem divina.

Mas o diabo tem duas manobras com relação à palavra de Deus, ele quer corrompê-la por meio do plantio do "joio", imitação do trigo, tentando arrebatá-la da mente do povo. Assim como o Senhor Jesus diz na parábola, que ele está em nossos dias, semeando corrupção justamente no meio da semente da verdade. Ele é o enganador, Satanás, "o leão que ruge, buscando alguém para devorar".

A dívida que temos para com aqueles primeiros propagadores da verdade em solo brasileiro é enorme. Desde os primeiros mártires ainda no Brasil colônia, até os anônimos crentes que perderam a sua vida no labor do Evangelho, para ganhar a recompensa eterna. Nosso trabalho e preservar o legado que nos deixaram e levar em frente, deixando o mesmo legado de fé e compromisso para com as gerações que virão.

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